Eu tinha os olhos a fecharem-se, mas a pequenina queria conversa, e como eu já andava curiosa e queria apontar umas coisas, fiz perguntas.
Pelos vistos, a minha casa resultou de duas casas, com um pátio no meio (imagino um daqueles pátios cheio de tojo, com rosmaninho de vez em quando, como o da casa da avó da Cunha...). De um lado, vivia a tia Ana, irmã da avó Lu, com o marido, o tio Eduardo; do outro vivia a bisavó Rosa, com a catrafada de filhos que teve, muitos emigrados no Brasil (lembro-me de a avó referir o tio António, e a tia Maria, que ficou solteira, senhora muito doente, mas que era a enfermeira da aldeia, e dava injecções... e tudo).
A memória da avó não vai mais atrás, mas ela sabe muitas coisas. Pelo menos estas ficam apontadas. A avó pode ter dito mais, mas acho que eu adormeci agarradinha a ela, cheirando a banhinho fresco.
6 comentários:
Tive 3 avós:
- 2 maternas ( adoptiva + biológica) A adoptiva foi a que me educou e me deu mimos. Fazemos anos no mesmo dia. Somos a alma gémea ( e somos gémeos) um do outro! A Biológica tratava-me bem, com cuidado e carinho, tentando dar tudo aquilo que n deu a minha mãe, ou tentando desculpar-se de alguma coisa...
- 1 paterna ( a alcoólatra)Pah, bebia muito vinho e era invejosa e muito má. Acredito que nos encontraremos no Inferno. Eu a dar-lhe chicotadas naquele lombo maldito... Dela não tenho muitas rescordações positivas, embora gostasse de mim. Não vou em cantigas!
;)
:D
beijo
Será que tive sorte? Todas as minhas bisavós e avós eram mesmo avós, todinhas, a portavam-se como avós, ainda por cima. Resta-me uma. A mais próxima de todas.
Que por acaso também é minha madrinha e tomou conta de mim quando era pequenina.
:)
(isto pretende ser um sorriso especial, assim de enlevo, estás a ver?...)
Adoro este tipo de recordações.
E adoro avós.
Eu sei que tu gostas, Emiele. Já me enterneci também com as tuas recordações.
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