sábado, 4 de julho de 2009

Maiorca


Achei estranho o nome da coreografia do Paulo Ribeiro. Chopin lembra-me Varsóvia, frio intenso e chuva. Maiorca lembra-me a cor ocre do calor e o azul do Mediterrâneo. Depois achei que talvez fizesse sentido. Nas notas de piano que saíam dos dedos do Pedro Burmester, solitárias e melancólicas a maior parte dos prelúdios, misturava-se a exuberância dos gestos no palco.

Reconheci num e noutro lance os gestos da minha alma quando segue as notas do piano. Surpreendi-me com a beleza de um e outro passo. Nos momentos desiguais da dança compensava a execução brilhante.

Gostei, muito.

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