segunda-feira, 13 de julho de 2009

Bolinhos da sorte

Em Setembro, quando estive no Cape Cod com o Pe. Gilbert, houve uma noite mais complicada e fomos jantar tardíssimo a um restaurante chinês em Falmouth. Gosto de comida chinesa: sabe-me sempre ao mesmo em todo o lado. Conversámos imenso nessa noite. Bebemos chá de jasmim e abrimos apenas o meu bolinho da sorte. No one is standing in your way anymore, time to moving forward. Achámos justo e acertado.

Já em casa, duas semanas depois, é que comi e abri o segundo bolinho: Appearance can be deceiving. Remember endurance makes gold. Falei com o Pe. Gilbert e novamente achámos justo... e acertado.

Passados 4 meses o Pe. Gilbert morreu de ataque cardíaco. Hoje, acho que a minha visita, naqueles cinco dias, foi estranha. Dormi no quarto onde dormia e morreu a minha tia, corri os livros dela, toquei-lhe nas roupas, passeei no farol onde ela gostava de ir, apanhei das flores que ela tinha plantado... mas não tive, nem terei nunca, a gentileza e a paciência que ela tinha.
Agora pergunto-me: custava muito?

E tudo isto porque as profecias dos bolinhos da sorte estão presos no meu segundo écran do computador. Ainda hoje.

2 comentários:

Glaukwpis disse...

Queima-os na tua lareira*

Anónimo disse...

Sim, quando voltar o frio. Mas não sei se consigo.