sexta-feira, 24 de julho de 2009

De que falas tu?


Costumo ser indulgente com os meus caprichos. Às vezes sai-me cara tanta indulgência. Não estou a falar de custos monetários, como é óbvio, embora tenha os meus momentos de absoluta extravagância, mas de outros custos, de empenhamento de tempo e de alma.

Faz-me muito bem bater de caras com a impossibilidade. Quero. Pois, mas não podes. Ponto final. Parece tão fácil, não parece? Parece, mas eu tenho um coração sem memória e sem proibições. Como resultado deste comportamento inconsequente, há-de bater na parede muitas vezes e um dia há-de desistir. Bem, não será "desistir": há-de conformar-se, é mais correcto. Mas depois não lhe abram grades, nem frestas, nem portinholas, nem lhe dêem espaço. Não respondo por ele. Há-de acabar bêbado numa sarjeta, o palerma.

5 comentários:

Glaukwpis disse...

Estes teus picos barrocos mostram-te como és! Não deixes isso fugir! Ama;
Vive;
Faz-te amar;
Deixa viver
E,
No fim;
Goza.

Voltei para Viseu, até quando não sei. Grita, sim?
*

Anónimo disse...

Gostei dos picos barrocos, querido Glau! E hoje apeteceu-me gritar bastante, sobretudo comigo mesma. A vida é demasiado viva quando eu só queria andorinha e viver um par de estações.

Como até quando não sabes??? Vou sair até segunda, mas depois ligo-te. Beijos.

Olinda disse...

:-) e isso é que é ter amor próprio. gosto assim. :-)

Anónimo disse...

Amor-próprio, Sinhá, minha querida?
Terei de ir buscá-lo à sarjeta e o mais certo é deitar-me lá com ele durante uns tempos. :)

Olinda disse...

oh. não digas isso que fico triste. :-(
um, dois...três. :-)