segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Já estou enjoada...


Perdi a conta aos triângulos. Foi para compensar do desgosto dos cogumelos na prateleira e de uma tarde de trabalho perdida.


Pensando bem

Por vezes ouço barulhos cá por casa, um livro que cai, a madeira que estala, o frigorífico que liga e desliga, um resfolhar de papel. Comecei por deixar a luz da sala acesa. Isto é casa antiga, nem consigo imaginar desde quando aqui nasceu e morreu gente.
E deixei a luz acesa, dizia eu. A geografia da casa mudou, é preciso dar tempo aos velhotes para reencontrarem os caminhos. Mas também vou começar a deixar a televisão ligada. Sempre passam melhor o tempo quando eu estiver fechada no escritório.

Cogumelos

Tenho cogumelos a nascer na minha estante, bem lá no fundinho. Porque é que estas coisas me acontecem?

Dúvida

A dúvida pode ser um laço tão forte como a certeza. Quando estamos perdidos não estamos sós.




Uma parábola de John Patrick Shanley (Pulitzer, 2005).
Encenação de Ana Luísa Guimarães.




sábado, 26 de janeiro de 2008

Expiação

O JM recomendou e eu fui ver.

A primeira parte do filme é esplendorosa, com a fotografia adequada, de uma luminosidade fora de série (a lembrar-me A minha família e outras animais , que revi há pouco tempo na RTP2). A revelação do amor deixou-me enternecida, a querer mais filme. Sabia que não podia continuar naquela perfeição, mas agora gostava de ter saído da sala depois da tragédia fingida de Lola e da teimosia da acusação da irmã de Cee. O filme perdeu ritmo. Só voltou a recuperá-lo no confronto de Briony com Robbie, o acusado, cinco anos depois da mentira. Mas já não serviu para grande coisa.
O final com o monólogo de Vanessa Redgrave lembrou-me o Titanic... e isso não foi lá muito bom. Para compensar hoje vou ao teatro.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

E por que será?

Sorri a ler no blogue do Shark o seguinte: "Não perco o sono por isso, mas é um dado adquirido que não consigo entender-me com mulheres abaixo dos trinta."

Há pelo menos dois amigos a quem vou mandar o post do Shark e o meu, a ver se percebem de uma vez por todas que dez anos é muita coisa e que fazem muita diferença em termos de conhecimento e experiência. Mas é possível que não valha a pena insistir. Deve haver coisas mais interessantes e imediatas que o saber de engenho e de experiência feito.

Por causa da Vague

A vague fez-me pensar no "amor", tentando defini-lo, de alguma forma.

Curiosamente fico surpreendida com o modo como o meu entendimento do amor foi mudando, tornando-se cada vez mais essencial, mais despojado. Por causa disso, foi esta a única formulação que me veio à cabeça e pode parecer disparatada. Para mim, contudo, é verdade.
Assim: talvez seja amor, ou perto disso, se quando estou contigo não acho que esteja a perder tempo.

A definição (a percepção, o que quiserem chamar-lhe...) vale o que vale.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Estou electrodependente

Ora façamos a contabilidade: na cozinha temos o frigorífico e máquina de lavar, mini-aspirador, fogão eléctrico, micro-ondas, torradeira, batedeira, varinha; no escritório temos o computador, hi-fi, o telefone e a respectiva base, internet, a bateria carregável do telemóvel e da máquina digital; a televisão, o leitor de dvd, o leitor de cd, o secador de cabelo, o aspirador, a caldeira da água quente e do aquecimento...
Se falta a luz, não cozinho, não tomo banho, não trabalho. Se tiver frio sempre posso acender a lareira, com fósforos, mas acho que é a única coisa que não precisa de energia eléctrica.

Não gosto nada disto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Lulu?


Oui? C'est moi.


sábado, 19 de janeiro de 2008

Entre imbecis e malvados

"Qué miedo me dais algunos, rediós. En serio. Cuánto más peligro tiene un imbécil que un malvado."

Leiam em http://www.xlsemanal.com:80/web/firma.php?id_edicion=2687&id_firma=5150

Pesadelos

Sonhei toda a noite com o meu dente partido. Sonhei que tinha partido o dente provisório, que tinha partido o pivô, que o meu sorriso bonito se tinha perdido de todo... confesso que todas as noites, quando acerto a hora de acordar, pego no despertador com algum medo...

Sol de inverno


Levanto os olhos da secretária e enfrento o horizonte com algum esforço. A claridade cega-me, o brilho da neve no cimo da serra ofusca-me. Gosto dela lá no cimo do monte.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Genes, essas coisas com as quais não adianta lutar...

Saímos de casa ao mesmo tempo: eu, no meu carro; os meus pais, no carro deles; o meu cunhado, no carro dele.
Dois minutos depois estou à porta de casa, ora, cadê a chave? irra, ficou lá dentro, destrambelhada, tenho de voltar lá baixo.
Mais dois minutos, novamente na casa dos meus pais. Não consigo entrar com o carro. Estavam mais dois a tapar a entrada, o dos meus pais e o do meu cunhado... mas esta gente não tinha ido embora? então, papá? esqueci-me da requisição das análises... e tu, filha? deixei as chaves dentro de casa... esta coisa dos genes é complicada, é verdade, e sorrimos.

Não quero meter o meu cunhado ao barulho, mas deve ter cruzado os genes dele com os da minha irmã...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Cansaço

Estou cansada. Passei sete horas seguidas aqui sentada, com o écran, dicionários, livros, mais livros, google, youtube, tudo às voltas, à procura de encontrar a formulação menos errada, o procedimento mais adequado.
Quero o silêncio, as luzes apagadas, os pensamentos quietos, a alma sossegada. Porque amanhã é outra luta, cerrada.

Out of Africa (Sydney Pollack, 1985)

Foi um belo pretexto para reler a lista dos Academy Award for Best Picture!
O óscar para o melhor filme foi, em 1986, para África Minha. Um filme a rever, uma vez que até já consegui esquecer que o Concerto para Clarinete em Lá maior, última composição de Mozart, faz parte da banda sonora composta por John Barry (foi mais um dos sete óscares do filme, a de Melhor Banda Sonora Original).




Piratinho, conseguiu roubar-me o que tenho de mais precioso neste momento! Mas pode piratear quando quiser. Só não lhe prometo moedas de ouro!!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Erros meus

Confundi, insistentemente (o estar entre vírgulas significa alguma coisa...), o Adagio for strings, de W. Barber, com o Adagietto da Sinfonia nº 5, de Mahler. O erro é grave mas desculpável no contexto de idiotice em que o engano aconteceu. Foi um óptimo pretexto para meia hora deliciosa numa noite de tempestade como ainda não tinha havido este inverno.

Os endereços das peças:
http://www.youtube.com/watch?v=RRMz8fKkG2g
para o primeiro.
http://www.youtube.com/watch?v=duSL3y2LASI
para o segundo.

E, já agora, os filmes:
http://www.youtube.com/watch?v=VxVkXj26qds
Platoon, 1986.
http://www.youtube.com/watch?v=n2UYct17bFw
Morte em Veneza, 1971.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Nome de filme: spyware

Fiz correr o anti-spyware porque o ícone estava cinzento há já algum tempo. Até agora já localizou 18 objectos infectados...
Olho para o portátil com desconfiança e hesito nas teclas, com medo de esmagar um daqueles insectos pernicurtos rastejantes por entre os dedos. Que nojo, pá! Estou com o computador cheio de bichos.

Castigos

Consegui até há poucos meses escapar à escrita de qualquer acta que fosse. Ainda não percebi bem como, mas suponho que se tenha devido a uma feliz conjugação de circunstâncias. Nunca fiz nenhuma e sempre me senti muito feliz com o facto.
Por isso mesmo esta acumulação de actas que tenho em mãos me parece castigo não sei para que pecado ou desvio. Detesto isto e estou profundamente infeliz.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Pirata vermelho


Suponho que seja o único a quem tenho de pedir desculpa.
Obrigada pela paciência.

Amigos, mesmo

Às vezes gostava que não fosses tão meu amigo e que entre o filme, o chocolate e a manta no sofá, me roubasses um beijo. É possível que penses o mesmo de mim.

Cá para mim somos um par de imprestáveis...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Nikita, meu amor.


Gosto de ti, Nikita.

Vanessa, minina, você me leu a alma, garota?

É só isso Não tem mais jeito Acabou, boa sorte Não tenho o que dizer São só palavras E o que eu sinto Não mudará Tudo o que quer me dar É demais É pesado Não há paz Tudo o que quer de mim Irreais Expectativas Desleais...

http://youtube.com/watch?v=-Yf49rBi2i8

É a minha vez e já vai tarde: it's over! E aí está uma paz, saborosa, a duras penas conquistada.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Para excluir qualquer tipo de violência do meu remanso...

Foi o sujeito da acção, Pirata Ruivo! Posso reconhecê-lo entre todos os outros, encostadinhos à parede.

Ok, confesso: escorregou-me das maõs quando acertava a hora para despertar... caiu exactamente em cima do dente que me custou os olhos da cara a reconstituir... agora tenho um dente substituto, colado, a bem dizer mais bonito que os outros todos.
E já não posso ir aos saldos...

Esclarecimento




Foi este dente que o meu despertador, comprado no Ikea, redondinho, de metal, pesadito, atacou e espartiçou todinho. Lembro-me do desespero, com viagem marcada para o dia seguinte, mais reuniões e tudo, mas também de ter desatado a rir com o absurdo . Isto só a mim... ninguém vai acreditar que foi o despertador...

Safado...

L. Pacheco.






Porque já sou ignorante de demasiadas coisas, fica aqui para reler.




domingo, 6 de janeiro de 2008

Triste fim, o do amor

Falamos de amor, fazemos amor, dizemos "olá, meu amor", e tudo isso me traz uma imensa melancolia. O amor é triste.

Já estou farta

Podemos começar outra vez o ano novo? Por favor? Sem contar estes primeiros dias? Podemos?

Primeiro: acho que não devo estar lá muito bem de saúde, mas é melhor esperar pelos exames e análises.
Segundo: tenho um despertador assassino; começou por me estilhaçar um dente dianteiro, mas temo que não fique por aí.
Terceiro: novo ataque de enxaqueca.
Quarto: tenho a secretária cheia de trabalho acumulado e... não me apetece.

Já estou farta de 2008...