quinta-feira, 11 de setembro de 2008


O amor é excessivo. Não tem nada de moderação, de equilíbrio, nada.

É por isso que amamos alguém, que amamos as pessoas que nos rodeiam, que nos rodeamos de coisas de que gostamos, que temos animais de estimação de que cuidamos.

É para projectar esse excesso e torná-lo a mais bela coisa útil. Ficar fechado no amor que somos capazes de gerar mata-nos, afoga-nos. Como a minha buganvília dourada que plantei no antigo vaso de barro da minha avó e que apodreceu, afogada na água com que abundantemente a reguei e lhe choveu e que não tinha por onde escoar.

Amemos, pois. Nem que seja pela sanidade mental. De qualquer forma, nesta altura da vida, mais vale sofrer alguma coisa que se veja do que rastejar pelos muros à procura de uma segurança saloia. Nem acredito que escrevi isto...

6 comentários:

Olinda disse...

e que bem escrito. :-) palmas a ti, cirandinha. :-)

Anónimo disse...

Sinhazinha, a escrita é outra forma de canalizar os excessos, não é?

Alex disse...

Nem mais.

(Nem sempre te escrevo mas quero que saibas que sempre te vou lendo, com gosto)

Um Xi.

Anónimo disse...

Oh, Alex, escreve sempre que te apetecer.
Xi tb.

Berenice disse...

o amoe é excessivo e devia tudo perdoar... mas se existe amor não deveria existir o que perdoar.. Tornamos o Amor imperfeito e insuficiente ***

Anónimo disse...

Querida Berenice, o amor pode ser muitas coisas. A maior parte das vezes não é suficiente. Sentimos à medida do que somos, a maior parte das vezes mesquinhos. Também somos capazes de grandes arroubos, mas sugam-nos as forças e há dias em que não aguentamos exigências de perfeição.
Estava aqui a pensar em mais uma data de coisas, mas acho que vou trabalhar.