sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Orfeu, meu amor.



Não olhes para trás, não olhes, que do passado nada vem que nesta hora te dê consolo, e o desejo das mãos que te apertam o colo hão-de aquecer-te também a alma. Mas primeiro o corpo, primeiro aquecer o corpo, o teu corpo, com a vontade que faz nascer em mim rios, com esta sede em que te vejo afogada, de olhos tecidos de granito, pesando palavras e gestos como se ainda presa ao tempo que foi.
Não olhes para trás, não olhes.

Créditos: Alex

Sem comentários: