quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dias de poesia

Gostas?

Não: não digas nada!
Supor o que dirá
A tua boca velada
É ouvi-lo já.

É ouvi-lo melhor
Do que dirias.
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias.

És melhor do que tu.
Não digas nada: sê!
Graça do corpo nu
Que invisível se vê.

Fernando Pessoa, 1931

É giro!
Giro? Giro? Que raio é giro? Lê lá bem. Não está mesmo a dizer para me dares um beijo agora e para pensares depois?
Não me parece. Se me apetecesse beijar-te, beijava. Queria lá saber do poema.
Eu também não. Vem cá.

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