Há dias, horas, momentos (nem sempre a duração faz sentido...) que cristalizo e deixo suspensos. Volto lá de quando em quando, procurando equilíbrio ou aventura, dependendo do estado de espírito. Mas tento não ficar lá muito tempo. São vislumbres do passado ou do futuro, que foram ou que podiam vir a ser, mas sem substância presente, insustentáveis no quotidiano.
Ontem caí de um dos meus mais belos cristais. Foi uma queda feia. Fiquei estatelada nas pedras da calçada e não me levantei durante algum tempo, atordoada. Depois, devagar, segui caminho. Com um sorriso satisfeito, lambi as manchas e alisei o pêlo, sacudi os bigodes brancos e ergui o rabo dourado e ponta branca para ver do vento. Olhei para o alto, a memória ainda brilhava... fica aí, eu volto. Palavra de anjo.
7 comentários:
:-) que doçura de texto.:-)
Tu é que és doce Sinhá, e percebes de brisas e gatos malhados. beijo.
Simplesmente magnifico!!!Tem uma boa semana beijo
Tu também, pequenina.
Gatinha!
Tão tu Ciranda :)
Beijinho
***
deliciar-me-ia a ouvir o resto da história... mesmo, mesmo!!!
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