segunda-feira, 16 de junho de 2008

Nos dias de trovoada


Não permitirá que resvale o meu pé
O meu guardião não dorme.

Não dorme nem repousa
O guardião de Israel.
Não dorme nem repousa
O meu guardião.


quinta-feira, 12 de junho de 2008

Just by me...



Porque a beleza ensina aos meus dias a forma distinta de cada amanhecer.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O retrato de Europa

Tens mesmo ar de raptada, não tem??? É uma das interpretações que mais gosto: o touro níveo e feliz, de olhos bovinos apaixonados e rabo ondulante, e a donzela clássica de férias, apanhando sol pela manhã, nas praias do Mediterrâneo. Quem terá tirado a foto? Cupido?


O rapto de Europa
, Matisse

terça-feira, 10 de junho de 2008

O rapto de Europa




Não escrevo, mas vou vendo.
Otro rapto de Europa, 2004
Alfredo Sosabravo (Cuba, 1930)

hoje... não quero saber de nada, amanhã logo se vê...

Ando num estado de perplexidade. E assim não consigo escrever.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ser feliz, Génio, as três vezes

Foi a Isabel que me enviou agorinha mesmo este texto da autoria de João Pereira Coutinho.


"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!”


Não concordo com tudo. Primeira observação: o "antes", em que tudo dependia do ponto de partida, alimentou uma estratificação social absolutamente injusta e preconceituosa; "quando a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar" não representa um tempo ideal, longe disso. Assim, apesar de a "meritocracia" poder gerar "uma insatisfação insaciável", sempre será melhor do que a alternativa anterior. O percurso marcará a diferença.
Segunda observação: não há pau sem dois bicos. Tenho ouvido conversas de mãezinhas sobre as geniais faculdades de seus filhos, sobre as expectativas em que se auto-projectam e revivem, que me deixam muitas dúvidas. E conheço alguns casos em que a pressão sobre os miúdos foi tanta que deu muito mau resultado. A excelência, como muitos pais se esquecem, resulta de um conjunto vasto de capacidades, onde merece lugar de destaque o saber tomar opções, o respeito, a lucidez, o saber viver com os erros e as imperfeições.
São apenas reflexões que me ocorrem assim de repente. É óbvio que esta conversa não está esgotada.

domingo, 1 de junho de 2008

Nikita

Só depois de tomar café, quando a D. Fernanda trouxe chupa-chupas para os meninos, me lembrei que era o Dia da Criança. Para quem acordou às sete da manhã a pensar que era segunda-feira, ser domingo já era bom o suficiente. O dia foi melhorando significativamente!


Mas foi o teu riso, leve como os pardalitos que me pousam no pátio, Nikita, que me encheu o dia. Fazes a minha vida mais feliz. Será que algum dia vais saber disso?