Há dias assim. Há dias em que os neurónios tiram férias e sinto-lhes o peso derramado pelo meu corpo abaixo. Nestes dias não consigo articular um pensamento decente, uma ideia que seja sobre os trabalhos que se avolumam na secretária.
Nestes dias é melhor esquecer e sentir apenas. Abraçar com força e sorrir, adormecer no sofá, comer duas fatias enormes de chiffon de chocolate, mergulhar cinco metros de profundidade de água gelada, até sentir o corpo ficar sem ar e a vida tremer, fazer uma sopa de legumes entre um queijo fresco e um copo de vinho, e perder-me nuns olhos doces.
Hoje, agora mesmo, abano a cabeça, ainda entorpecida num dolce far niente.
Acorda, menina.
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