domingo, 31 de agosto de 2008

I've a story, my story


Tens tempo? Tenho uma longa história para te contar, uma narrativa onde os enredos se cruzam, acertam e perdem o norte logo a seguir. All of these lines across my face, mais marcadas a cada dia que passa, tell you the story of who I am, so many stories of where I've been and how I got to where I am.

Dizes que tenho os gestos pausados, a voz baixa, o andar seguro e umas mãos que tocam com vontade e calor. E histórias para te contar quando caem com a calma as aves. But these stories don't mean anything when you've got no one to tell them to it's true... I was made for you. Just lies, you know?

Really I was made for no one. Ninguém é. Às vezes criamos uma metadiegese onde construímos uma vida e corremos o maior risco do mundo quando entregamos o protagonismo a um amador que só faz asneiras. Não conhece o enredo em que desenhamos um final feliz e faz-nos tropeçar no palco e aterrar bruscamente na plateia, voltando à narrativa de base que sempre foi ... a única. Mas nem sempre sabemos o argumento, nem decorámos as deixas certas que conduziriam ao fogo de artíficio no fim. Às vezes é preciso chegar à conclusão certa: como argumentistas somos um nojo... e depois do clímax resta a cinza porque as nossas histórias não terminam 120 minutos depois da primeira imagem na tela.

Now, in this story you make me feel like a million bucks... quando deixar de ser assim, haveremos de dizê-lo um ao outro, gentilmente, e fechar as cortinas de mais um acto, sem tragédias. Just stories.


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Santa Bárbara



Gosto de pensar num lugar assim, onde o céu conturbado contrasta com a luz doce sobre a palha seca e a pedra quente das colunas. Gosto de lembrar como os meus beijos sabiam a uma vontade urgente, quando o simples tocar da tua mão me acendia e soltava sedes e fontes adormecidas. Mas, naquele alpendre, no fim da tarde, ter-me-ia encostado mansamente no teu peito, tecendo cantigas de rola dentro de mim.
Pedindo apenas mais tempo de uma perfeição tão fundamente sentida quanto efémera.


terça-feira, 26 de agosto de 2008

VIP every day

Mas importante, mesmo importante, é este post da Alex, o elogio da soneca: http://alexilr-realgana.blogspot.com/

Minha amiga, eu sabia que havia razões para uma coisa tão simples fazer tão bem.

Sei lá o que é rotina...

Levei imenso tempo a definir os meus próximos meses. De repente vejo tudo em pantanas e a precisar de ser reorganizado.

Por que é que eu não tenho uma vida igual à dos outros?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

So Cold the Night



Decididamente, desde os anos 80 que eu não ouvia os Communards.

A banda dissolveu-se em 1988, Jimmy Somerville iniciou uma carreira a solo e Coles tornou-se religioso e é padre da igreja anglicana... a sério?...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Também tenho lugar para isso

Há pessoas e coisas que eu verdadeiramente detesto. Visceralmente. Suponho que seja uma conquista de estado e de idade.

Preferia que me fossem indiferentes. Mas era preciso não tê-las amado. Era preciso não ter vivido. Era preciso não ter sido nada do que fui. Era preciso negar-me e odiar-me.

Pró diabo. Prefiro assim como está.

Vou, sim, senhora, e depressinha...


Vanessa Fernandes versus Ema Snowsill ou aquele abraço no final ou o que os Jogos Olímpicos têm de melhor.

Ainda não consegui a foto perfeita, mas este spot é perfeito! Obrigada, Berê!
http://ocantardospirililampos.blogspot.com/

A ver o tempo passar

Há dias assim. Há dias em que os neurónios tiram férias e sinto-lhes o peso derramado pelo meu corpo abaixo. Nestes dias não consigo articular um pensamento decente, uma ideia que seja sobre os trabalhos que se avolumam na secretária.

Nestes dias é melhor esquecer e sentir apenas. Abraçar com força e sorrir, adormecer no sofá, comer duas fatias enormes de chiffon de chocolate, mergulhar cinco metros de profundidade de água gelada, até sentir o corpo ficar sem ar e a vida tremer, fazer uma sopa de legumes entre um queijo fresco e um copo de vinho, e perder-me nuns olhos doces.

Hoje, agora mesmo, abano a cabeça, ainda entorpecida num dolce far niente.
Acorda, menina.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008



Será que o iate que cruzava o Mediterrâneo em 1712, avistado pela Loureto, onde viajava o marquês de Fontes, era assim?

http://yachts.monacoeye.com/yachtsbysize/pages/maltesefalcon01.html

Decisões

Hoje recebi um bom conselho: não tomes grandes decisões em momentos de raiva, de rancor e de ódio.

Concordo. Estados extremos não favorecem decisões acertadas. Assim, acrescento: não tomes decisões em momentos de grande euforia... tenho-me ficado por ir à loja mais próxima e comprar uma roupita; ainda não dei conta que fizesse mal a ninguém por isso, nem modificou em muito os meus dias... e saí bem mais gira à rua. O que na "terrinha" faz sempre um grande efeito...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Santa terrinha

Há agora um spot que fala do "ir à terra", "ao mercado", ou qualquer coisa assim.

Dou comigo a sorrir. Do meu canto do mundo adoro ver os parolos da cidade chegarem "à terra". Preferia era que fizessem menos barulho... é que eu não estou de férias e preciso de trabalhar, mesmo.

Estou a ficar uma snob dum raio... :)